21 de novembro de 2024

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Missão Moçambique: conheça um pouco das contribuições trazidas pelos pesquisadores – IFSP

Dezessete pesquisadores e pesquisadoras negros e negras do IFSP estiveram em Moçambique no mês de setembro

Em setembro de 2024, promovendo uma educação antirracista, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), por meio de apoio de emenda parlamentar da Deputada Luiza Erundina, organizou uma missão científica a Moçambique, composta por 17 pesquisadores e pesquisadoras negros e negras. A expedição, que incluiu visitas a Chimoio, capital da província de Manica, e a Maputo, capital do país, teve o objetivo de fortalecer parcerias e promover trocas de saberes com universidades moçambicanas, como a Universidade de Púnguè, a Universidade de Chimoio, a Universidade Pedagógica de Maputo e a Universidade Wutivi.

Durante duas semanas de intensas experiências e vivências, a missão envolveu-se em uma imersão acadêmica, com aulas, palestras, reuniões, seminários e momentos de convivência com pesquisadores, estudantes e gestores moçambicanos, em um país majoritariamente negro e de rica diversidade étnica e cultural.

A missão científica do IFSP, que vivenciou in loco as contradições e avanços desse país multifacetado e que guarda laços culturais, sociais e históricos com o Brasil, foi organizada pelo Projeto AfroIF — Articulando Saberes, com apoio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do IFSP. A cooperação entre Brasil e Moçambique permitiu que os pesquisadores do IFSP trocassem conhecimentos fundamentais sobre educação inclusiva e antirracista. Entre as visitas realizadas, destacam-se locais como a Área de Conservação de Chimanimani, localizada no distrito de Sussundenga, na província de Manica, e o bairro histórico de Mafalala, em Maputo, conhecido por abrigar artistas, intelectuais e líderes políticos.

Conforme aponta José Francisco Ferreira de Oliveira, professor do departamento de Mecânica do IFSP, e o pesquisador mais experiente do grupo, “responder à pergunta sobre o que essa expedição científica foi fazer lá na África revela a importância de conhecermos a troca cultural e científica para construir uma visão mais ampla e realista sobre o continente africano e as relações entre Brasil e Moçambique, contribuindo também para o fortalecimento de uma educação antirracista no IFSP”.

Desde o mês de setembro, os pesquisadores envolvidos vêm promovendo algumas ações relacionadas à missão. No dia 30, houve a ação “Niketche e a experiência de mulheres em Moçambique”, promovida pelo Campus Jundiaí, que teve como convidada a pesquisadora Cristiane Santana Silva e o pesquisador Christian Fernando dos Santos Moura.

Em 8 de outubro, a pesquisadora Patrícia Nunes realizou ações do projeto AfroIF no Campus Presidente Prudente. No dia 10, houve o compartilhamento de experiências de Moçambique no Campus Matão, com a pesquisadora Valquíria Pereira Tenório; no dia 25, como parte da Semana de Ciência e Tecnologia, a pesquisadora Lorena Faria realizou uma roda de conversa entre estudantes e servidores intercambistas no Campus Capivari. No dia 30, os pesquisadores Rodrigo Umbelino da Silva e Christian Fernando dos Santos Moura conduziram uma atividade no Campus São Roque.

No mês de novembro, houve a formação continuada para docentes do Campus São José do Rio Preto, conduzida pelas pesquisadoras Andreia Cristina Fidelis e Valquíria Pereira Tenório; ocorreu, também, no Campus Registro, a ação direcionada para os discentes do curso de licenciatura em Pedagogia, conduzida pela pesquisadora Andreia Regina Silva Cabral Liborio.

Além disso, há outras ações previstas para o mês. Nos dias 21 e 22 de novembro, o Projeto AfroIF — Articulando Saberes NEABI/IFSP e Moçambique conduzirá atividades como parte da Semana da Consciência Negra. As pesquisadoras e os pesquisadores Tatiane Helena Borges de Salles, Huryrá Estevão, Caroline Felipe Jango da Silva e Jomar Borges dos Santos estarão à frente da ação, que será realizada em horários distintos e para turmas diferentes a fim de abarcar os estudantes de todas as modalidades de curso.

No dia 27, a pesquisadora Andreia Cristina Fidelis conduzirá a ação do Projeto AfroIF — Articulando Saberes no Campus Votuporanga. Nesta data também haverá um encontro articulado com a Equipe de Formação Continuada do Campus Guarulhos, conduzida por Cristiane Santana Silva.

Entre as ações realizadas e previstas, contam-se 12 ações desenvolvidas pelo grupo de pesquisadores desde o retorno. No próximo ano, a ação será ampliada para que outros campi possam receber as ações relacionadas ao projeto de internacionalização. 

Confira aqui a integra do texto produzido pelo grupo.